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8.6.11

Casa nova, Mafia Wars e paixão


Eu sou apaixonada pelo que escolho fazer. Não importa o que seja, mas me apaixono loucamente. Quando fui vegetariana, ao 14 anos, não podia ser só de carne, fui ao extremo e abandonei qualquer coisa que pudesse ter passado perto de um bichinho: até gelatina porque dizem ter tutano. Até hoje não sei se gelatina tem tutano, mas eu amava ser vegan, mesmo que cegamente.
Houve minha fase professora. Cheguei a ir trabalhar, por 6 meses, em período integral e só recebendo meio período. Mas era importante pra escola e pro meu currículo. Hoje eu não consigo nem me imaginar numa sala de aula, acho que teria meu melhor momento estátua.
Então eu fui fazer artesanato. E ficava a madrugada inteira, fins de semana inteiros, lixando e pintando. Ainda adoro isso, mas há anos não mexo nos guardados e crio alguma coisa.
Teve ainda a fase Lost. Eu baixava a temporada inteira e só saía da cama para pegar alguma coisa pra comer, na frente do note, claro. 10 episódios num dia. Quando a série chegou no final minha conclusão foi: Fui enganada. Se era pra mandar todo mundo pra luz, era só chamar a Melinda Gordon na primeira temporada que ela resolvia em um episódio. Triste. Nunca mais falei de Lost.
Cada época teve sua paixão, com propensão ao vício, estafante, que consumo até a exaustão e depois simplesmente pego implicância e nunca mais penso.
Foi assim que me enfiei no Mafia Wars. Momento sem grana e sem nada para fazer, joguei uns joguinhos do Facebook e depois de uns dias já dormia e acordava pensando na hora de jogar. Aí enjoei... ia parar, mas todo mundo me dizia para entrar num clã. Entrei no MBR e ah que paixão! Agora além de jogar eu conhecia pessoas, lutava contra outros clãs, era o máximo! Enjoei, me preparei pra abandonar tudo e fui convidada para ser administradora do clã. Eu não consigo largar o Máfia e o MBR.
Isso foi longe, as pessoas saíram de traz da tela e hoje têm nome, rosto, cheiro e cor. Elas entraram pra minha vida e era disso que eu mais precisava: pessoas.
Então eu mudei, novamente, de casa. Minha quinta casa no vilarejo, décima na vida. Até agora, a melhor de todas. Mas isso me deixou off por 20 dias. Vinte longos dias longe do Máfia, do MBR, das pessoas.
Achei que isso seria o fim do jogo na minha vida. Achei que assim eu conseguiria esquecer esta paixão e ver que vivo sem ela. Ledo engano! Essa paixão é séria... é daquelas que só acaba devastando a vida e corpo. Porque eu sinto falta do meu joguinho todos os dias. Um buraco enorme no peito.
Quando o vício chega neste ponto, só tem um jeito: lidar com ele. Mafia é igual cigarro, você começa sabendo que um dia vai parar, mas por enquanto tá bom assim. Um dia eu vou abandonar o Máfia, mas ainda não tenho outra paixão para substituí-lo. É a minha novela, o meu jogo de futebol. Só mais uma paixão.

5 comentários:

  1. Apaixonante.
    Revivi muito da minha vida com seu texto, perfeito.

    Apaixone-se por manter sempre um pedaço seu aqui conosco em palavras.

    Adorei Mica [=
    beijosss ;*

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  2. Oi, querida, é verdade, são essas paixões passageiras que alavancam nossa vida pra frente e nos trazem maior vontade de viver. Ótima reflexão :) bjão/Gi

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  3. Mica, me lembro o dia que eu sai do Clã o Guto disse assim...
    Que o legal de jogar máfia, não era o jogo em si, era os amigos que a gente fazia... e concordo !!!

    E o mais engraçado nessa história, é que a gente se apaixona, a gente sofre, a gente chora , a gente ri e a gente AMA.

    Esse joguinho ai coloca cada pessoa em nossas vidas, que no dia a dia seria quase que impossivel de conhecer.

    Algumas pessoas bacanas, outras nem tanto, algumas DOIDAS E DESIQUILIBRADA e algumas que marcam nossa vida pra sempre, VOCÊ marcou a minha!!!!

    beijosss gata e não se esqueça BRILHA ONDE ESTIVER!!!!

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  4. Ah que comentários mais... fofos! Estou me achando agora!!! rsrs Obrigada queridos!

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  5. Kelly Camilo9:18 PM

    Que bacana...

    Puxa.. te entendo sobre as paixões.. haha.. uma coisa meio 8 ou 80, né? é.. eu sou meio assim tb..

    Tive várias paixões, teve a do MW tb.. a minha passou, hahaha.. mas passou em relação ao jogo..

    MW pra mim, foi algo parecido.. surgiu numa época que eu tava péssima e sem vontade de sair de casa.. e é bem por aí, foram aparecendo pessoas e pessoas.. e nossa, eu só tenho a a agradecer à vida, por ter colocado pessoas tão especiais num momento que eu tava precisando tanto acreditar no ser humano de novo..

    Hj eu não jogo como antes [mas NAO MESMO.. eu era viciada master].. mas mesmo perdendo o vício, eu defendo o jogo de qualquer pessoa que chega e fala 'ah, isso é perda de tempo'.. peraí né..
    só quem conheceu pessoas maravilhosas por causa desse jogo é que entende a dimensão dele pra gente..

    é isso.

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