Pesquisar este blog

31.3.12

Sobre rituais, café, vinho e um bom banho


Eu adoro rituais. Acho que eles dão glamour às coisas simples. É como passar um gloss naquilo que é comum, tornando-o muito mais. Tenho vários destes rituais, alguns aprendidos, outros criados, todos usados propositalmente para dar mais leveza e beleza ao dia a dia.
Café é bom e não precisa de nada mais para ser degustado, certo? Sim, no café da manhã do dia a dia sim. Mas o café pode ficar muito especial. Adoro descobrir quais são os melhores, como os baristas escolhem, a medida certa de água e de pó para o melhor sabor, o buquê, a textura. Ano passado ganhei de um casal de amigos um pacote de café colombiano. Os cafés colombianos são considerados os melhores cafés suaves do mundo. Com o presente veio a indicação "para seus momentos especiais". Eu não espero as coisas acontecerem, minha vida é agora. Então, no café do dia seguinte eu já usei o presente. Na mesma semana fiz para receber minha irmã que também ama café. Depois foi a vez de um café da tarde com a mãe. E hoje também. Porque hoje? Porque fiquei com vontade! E se o café é especial, meu dia começou especial. Isso traz uma sensação de bem estar deliciosa. Fiz o café, para comer com queijo branco e coloquei minha gérbera vermelha que está toda florida na mesa, para enfeitar. Não tinha ninguém, foi tudo pra mim.
Tem noites, principalmente de sábado, que me dá uma tristezinha de não ter grana para sair ou de estar sozinha em casa. Nem sempre é possível achar um amigo "vou te tirar dessa" e resolver a situação. Então, dou um jeito fazendo um jantarzinho especial e abrindo um vinho. Aliás só o vinho já dá todo o glamour que a solidão apaga. Uma taça de vinho na mão numa noite de sábado, me faz escrever e ter mil ideias. Pintar e criar minhas caixas de madeira também combina com vinho e com música. O ritual do vinho tem muito glamour. Existe o jeito certo de beber, de servir, o acompanhamento ideal, a água para limpar o paladar e mil coisas que eu nem sei, mas adoro saber. A Wicca também usa o vinho em seus rituais. Não tenho religião e já li sobre muitas, gosto de algumas ideias de várias. Na Wicca gosto da ideia de que a divindade é interna, gosto de que o processo religioso é individual e não existem escalas evolutivas, gosto da ideia de que a natureza pode ser usada como elemento de transformação interna. O vinho é usado como acompanhamento nos rituais de culinária. Cozinhar bebendo vinho é mesmo uma delícia.
Tenho também um ritual do banho. Música clássica, velas, óleo de banho. Só saio quando estou enrugada e com fome. É uma delícia. Ideal para curar as dores na estima. Volto a me sentir bonita, desejável, mulher. A semana passa de um jeito, que mal tenho tempo de olhar no espelho. Banho de manhã super corrido para ir trabalhar. Roupas de trabalhar. Tudo tão no esquema que nem preciso olhar no espelho para saber como está o cabelo, é só passar o creme do mesmo jeito de sempre e sair. Então, tirar um dia para tomar um banho sem pressa e dedicando cada minuto a cuidar de mim e do meu corpo, é fundamental.
Algumas pessoas podem ler e pensar "não preciso de nada disso". É verdade. Muita gente consegue racionalizar tudo e não necessita de firulas para enfrentar a vida. Inclusive eu. O que eu preciso é de prazer. É justamente abandonar a racionalidade por um tempo e desfrutar a vida, a beleza, os sabores, os momentos. Então cultivo meus rituais de prazer e renovação, deixo razão para quando preciso dela. 

25.3.12

II Mica Recebe


Acabou. Minhas amigas disasters design saíram daqui há um tempinho. Eu, viciada em internet, corri contar como foi. 
O I Mica Recebe rolou em 2009, mas desde que nos formamos damos um jeito de nos reunir, inventando motivos e comemorações. 
O deste ano teve uma pitada especial: Joana Santibañez, a arquiteta nata, a nossa Jô, veio! Acho que não a encontrava desde o fim do curso, nunca dava certo. Mas desta vez ela não só veio, como ainda atacou de chef e fez um risoto divino que morremos de tanto comer! Especial isso, muito especial.
Novamente nos empolgamos e decidimos fazer todo mês... como aliás decidimos toda vez que nos encontramos... o próximo será o I Mônica Bistrô (já que o Land Home eu nem sei se rolou), depois teremos o I Marina Chef (ela acha que a gente vai topar fazer uma competição na linha top chef pra ela ficar degustando) e também o I Santi Bar, pra entortar o caneco mesmo.
Desta vez a melhor da noite foi a mensagem do celular da Marina "esta ligação foi boqueada pelo gestor de surpresa" Não era surpresa, era "sua empresa" e a véia da praça responsável pela pérola fui eu...
Ainda teve uma carne vermelha deliciosa by Mônica Landgraf, brigadeirão by Mica, sorvete by Sergel teletransportados via Marina, maridos e namorados pacientes fazendo um social enquanto a gente se divertia e vinho, muito vinho!
Lembro de uma conversa no pátio do SENAC, já no final do curso, em que dizíamos o quanto era difícil manter a amizade e que provavelmente íamos nos distanciar e talvez até perder o contato. Já se passaram 4 anos e ainda temos prazer de estarmos juntas. Isso, é lindo! 

17.3.12

10 livros para se ter na mesa de centro

Sou apaixonada por livros. Compro igual quem compra perfume pelo vidro. Pode ser que demore anos para ler, mas compro. E adoro usá-los na decoração. Acho um charme livros na mesa de centro. Exemplares bem escolhidos contribuem com cor e forma, demonstram o gosto e o estilo do morador, além de ser um mimo agradável para as visitas. Segue aqui uma listinha de 10 títulos que cumprem bem essas funções, escolha aquele que é mais a sua cara: 

1. 1001 discos para ouvir antes de morrer - Michael Lydon 















2. Cinquenta vestidos que mudaram o mundo - Design Museum














3. Gatos - David Alderton 














4. Digipop - Karim Rashid 














5. Mulheres Alteradas - Maitena (qualquer um dos 5 volumes)
















6. Larousse da Cerveja - Ronaldo Morado














7. Poptogramas - Daniel Motta 














8. The Polaroid Book - Taschen














9. Gil Elvgren - The Complete Pin ups - Taschen














10. Paris Interiors - Lisa Lovatt-Smith

15.3.12

O trabalho


Em posts passados já mencionei minha sina profissional, minhas aspirações e meu cansaço. Só que eu ando trabalhando mais que qualquer coisa na vida, então, estou sem outro assunto mesmo. 
Esta é a minha primeira dor: falta de assunto. Nestes dias de muito trabalho, tenho me divertido com pequenas coisas que vejo. É verdade que existe uma nuvem negra em cima daquele palácio. Ela atormenta a todos. Pouquíssimas pessoas conseguem se manter alegres ali dentro e, ainda assim, seu brilho diminui. No entanto, analisar tipos e frases soltas sempre foi uma diversão pra mim, ali a possibilidade é um banquete. 
A frase que mais escuto é "nossa, muita coisa!". Eu seguro o riso toda vez. Minha vontade é de gargalhar. Porque em 70% dos casos, é puro marketing. Nos outros 30% é falta de assunto mesmo. Aliás, falta de assunto é algo impressionante naquele lugar! 
Já trabalhei em muitos lugares. Em geral, qualquer coisa é assunto e no final tudo acaba numa piadinha, numa tiração com quem contou a história. Em nenhum destes lugares o trabalho era pouco, ao contrário, era muito maior que onde trampo agora. 
Quando uma rodinha se forma o assunto é trabalho ou as pessoas do trabalho. Ninguém leu nada interessante para contar, ou assistiu a um filme, uma série. As pessoas não saem no fim de semana, ninguém viaja. Nem seus filhos não são interessantes ou engraçadinhos, porque nunca se ouve uma boa história de criança que aprontou ou disse algo. Ninguém assiste novela sequer. Ninguém vai ao shopping. Nada. Todos só têm coisas ruins a dizer, 8h diárias, 5 dias na semana. 
Reclamam do trânsito, da professora da filha, da esposa, do marido, do trabalho, do calor, do cara que foi promovido... quando acabam as reclamações começa o show de falação dos outros: da roupa, do cabelo, do sapato, do carro, do que come, de quem come, do que sabem, do que só imaginam. 
Agora pensem: fácil lidar num ambiente assim né!? Terrível! Ás vezes rio, ás vezes mando minhas frases de efeito que fazem as paredes tremer. Nestes momentos , apesar de todos se acharem extremamente inteligentes, poucos entendem e, dos que entendem, poucos se manifestam. Em geral fica aquele climão: eu rindo sozinha, todo mundo olhando pro computador e digitando como se não houvesse amanhã. 
Há também as expressões faciais. A vida de todo mundo ali é tão dura! Fico comovida! Se eu não soubesse onde trabalham e quanto ganham, se só visse as expressões, ia jurar que são todos cortadores de cana. Aquela coisa de sol a sol, queimaduras, pouca água e muita ralação para ter o mínimo nessa vida. 
Mas o melhor é capacidade de cumprimentar. Eu chego e dou bom dia. Responde quem quer e eu nem me importo. Mas esse é o meu cumprimento e pronto. O próximo é "tchau gente, até amanhã". Não, ledo engano da pessoa normal. É necessário dizer "oi" e "tchau" toda, TODA,  vez que a pessoa a pessoa olha para mim. Se encontro no corredor indo para o outro canto do setor, ou indo para copa, ou no banheiro, ou até bem longe dali, não importa, sempre ouvirei um "oi", "mica!", "e aí". Esse é o momento em quem meus pensamentos psicopatas afloram... Eu tenho vontade de não responder, ou de mandar tomar mesmo... Ah vá! Alguém precisa mesmo me cumprimentar 308 vezes por dia!? 
Então vou para casa e estou livre de tudo isso! Não! Eles tentam me adicionar no facebook... Eu convivo com as pessoas todo este tempo diariamente e elas ainda me adicionam em rede social!? Como assim!? Se não têm assunto comigo lá, acha que vai mudar no facebook!? 
Agora tem uma coisa muito interessante neste desabafo: povo do trampo que leu, manifestem-se! Assim, teremos assunto! ;)

10.3.12

Tendências em decoração e design para 2012

Março e abril são os meses em que acontecem as principais feiras da área de arquitetura e design, trazendo as tendências para o ano. Com o fim da Revestir na última sexta-feira, já podemos delinear quatro palavras que darão o tom do ano: elegância, brilho, cores e sustentabilidade. 

Pastilha Allegro da Mazza, lançada na Revestir.  
A elegância e o brilho vêm representados principalmente pela presença dos metais, principalmente em ouro, prata e rosé. Elementos e cores metalizadas, trazem a solidez que o material representa aliada a glamour. É um pedido de mais beleza e clareza no mundo. Se você gosta muito do visual, pode optar por investir nos vários lançamentos em revestimentos e metais para banho e cozinha. Se prefere um uso mais comedido, fique com os tecidos e usos pontuais. 

Esta coifa para ilha Polyedro, coleção Goumet da Franke, tem iluminação de LED e um formato que remete a lapidação de pedras preciosas, enfatizando a idéia de brilho e elegância. 
As cores vêm em duas ondas. Para os neutros temos a volta dos cinzas, principalmente em sofás, cadeiras e móveis. Já o uso das cores vem pautado por tons alegres e vibrantes, numa profusão de cores e combinações, incluindo as metalizadas. O verde-esmeralda e o vermelho-rubi são duas boas apostas. O coral e o turquesa de 2011, continuam. 


A sustentabilidade marca novamente presença. A preocupação crescente com a questão tem promovido linhas interessantes em formas e materiais, e refinando os produtos. É o caso dos revestimentos abaixo, da Studio Marmo, que é feito de PET com resíduos de pedra é está afinado com a tendência metalizada. 


Nessa outra coleção, da Neobambu, o piso de bambu colorido alia sustentabilidade e cores. Esses novos materiais trazem, sobretudo, novas possibilidades a criatividade dos designers. 


3.3.12

E se...


...eu ganhasse na loteira?
...voltasse no passado?
...mudasse de cidade? de país?
...eu fosse entrevistada no Jô?

Quem nunca se fez uma dessas perguntas um única vez na vida, que atire a primeira pedra! É super comum termos esses delírios, quase como um momento chapado: aperta-se o botão, imagina-se algo que no fundo considera-se impossível e delicia-se com o que vê. Quando a vida está uma merda então, o efeito é catártico. 
De todos essas, acho que a melhor brincadeira é a da loteria, porque com grana, todo o resto é possível, menos voltar ao passado. Só que eu não voltaria ao passado nem se pudesse, gosto do que sou hoje e voltar mudaria quem sou, então melhor nem mexer no que está bom. 
Agora se eu ganhasse na loteria... ah que beleza heim! A mega sena de hoje está acumulada em R$ 3.800.000,00. Brinquemos com isso! 

1. Ao receber o prêmio, já transfiro 200 mil para conta de cada irmã e para a da minha mãe. 
2. Pago todas as minhas dívidas, que infelizmente não são poucas, mas são migalhas perto deste valor. 
3. Pego minhas irmãs, sobrinhas e mama e vamos ao shopping gastar sem pensar - me julguem! 
4. Peço exoneração, claro! 
5. Com o dinheiro aplicado pelo primo Ricardo que trampa com isso, vou fazer duas viagens: uma para Londres, visitando a amiga Priscila e, outra para algum lugar do Nordeste com a família (irmãs, sobrinhas, cunhados e mama), algo que nunca conseguimos fazer juntos, cada um vai quando tem grana, do jeito que dá. Essas viagens durariam muito tempo, devo confessar. Nada de coisa de uma semaninha. Londres no mínimo um mês, com direito a curtir viagens pela Inglaterra ou outros países ali, conforme a oportunidade. Nordeste também, conforme a agenda da família. 

De euforia imediata seria isso, depois, dinheiro aplicado, eu ia escolher onde morar, comprar casa, carro, essas coisas. Então eu teria a difícil tarefa de viver das duas coisas que mais gosto: design/decoração e escrever. 
Mas, como acho ganhar na mega impossível, continuo ralando para fazer exatamente as mesmas coisas: curtir minha família, comprar o que gosto, viajar (meu maior prazer), trampar com design/decoração e escrever. Um dia, até, pedirei exoneração! 
Agora é sua vez, me conte, e se...