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26.2.06

carta

Meus dedos deslizam sobre a tinta
é só mais um quadro
um desejo no papel
Ontem sonhei com você
ainda não acredito na sua morte
Tenho amigos que virão em casa hoje
chegarão daqui a pouco
vamos beber e conversar besteiras em algum bar
vamos ouvir as mesmas músicas de sempre
sem brilho algum
Eu queria que você estivesse aqui
hoje estou sozinha
precisava discutir
ser contrariada
ouvir frases bonitas e feias
Precisava sentir meu coração quente
o inverno está em mim
não sou capaz de me conter com meus livros
ou minhas músicas
Sinto raiva por isso
e a tua falta continua a doer
Porque você decidiu morrer?

17.2.06

"humano, demasiado humano"

"de fato, eu mesmo não acredito que alguém, alguma vez, tenha olhado para o mundo com mais profunda suspeita,e não apenas como eventual advogado do diabo, mas também, falando teologicamente, como inimigo e acusador de deus,e quem adivinha ao menos em parte as consequências de toda profunda suspeita, os calafrios e angústias do isolamento, a que toda incondicional diferença do olhar condena quem dela sofre, compreenderá também com que frequencia, para me recuperar de mim, como para esquecer-me temporariamente, procurei abrigo em algum lugar - em alguma adoração, alguma inimizade, leviandade, cientificidade ou estupeidez" (Nietzshe)

2.2.06

Em sua maioria, os homens violentos não são doentes mentais.

Existe um costume de anormalizar o machista típico, aquele com as frases mais grotescas, vícios de personalidade, alcoolismos. Patologiza-se essa figura, e acredita-se que ser machista é uma questão de indecência, de mero desvio do padrão, de loucura antisocial, que nem novela do Manoel Carlos.