passei noites imaginando
ele se fartando no meu corpo
eu apenas fecharia os olhos
e sentiria cada toque
de suas mãos, lábios e língua
passei noites imaginando
o prazer que sentiria
ao ver seu em seus olhos
seu desejo por mim
passei noites imaginando
que tudo poderia ser diferente
e então, eu só me decepcionaria
mas esqueci de imaginar
que nada aconteceria
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18.9.10
2.9.10
Minhas férias
Lembram da famosa redação de agosto, quando acabavam as férias de julho? É mas aqui vai servir pra eu mostrar algumas fotos incríveis da viagem deste ano. Por que designer tira férias, mas a inspiração não.
Fui mais uma vez visitar a cidade maravilhosa. Já estive no Rio diversas vezes, mas sempre é uma viagem diferente. Há tanto para ver e curtir que não tem como ser algo repetitivo. Desta vez fiquei num hostel em Ipanema que não recomendo a ninguém, tudo da pior qualidade. Mas ficar em Ipanema, pertinho do Posto 9 é muito bom. Praia agitada, baladinhas próximas também, super perto do Leblon com suas livrarias e seus adoráveis bistrôs.
Dessa vez os bares, cafés, bistrôs e afins foram os que mais me chamaram a atenção. Decorações muito bem trabalhadas e de encantar os olhos facilmente. Olhem só esse em Ipanema:
O Zazá Bistrô Tropical fica na Prudente de Morais, perto do Posto 9. O cardápio é super elaborado, mas vá preparado pra gastar, de todos os que visitamos este era o mais carinho.
Não é lindo? Alegre, mistura estilos de forma harmônica e consegue ser delicado. Um convite aos olhos!
Também nos encantou o Café Leone, também em Ipanema. Com um quê mais minimalista, quebrado pelas cadeiras de palhinha e pela aconchegante sala de espera.
Outro ponto forte é o balcão na frente do café, com cadeiras voltadas para a rua. A maioria das pessoas que estavam sozinhas preferiam sentar-se ali e comerem observando a rua. Uma idéia ótima que cumpriu duas funções, delimitou o espaço do café, no lugar de vidros ou paredes e, aumentou o número de lugares já que o espaço é pequeno e cabem poucos clientes.
Ainda recomendo dois lugares que não tiramos fotos. O bistrô Santa Satisfação no Leblon tem uma decoração que mistura o provençal ao contemporâneo num ar super francês e serve pratos maravilhosos com atenção para as massas. E o bar Santo Scenarium na Lapa, com uma decoração de inspiração barroca, lotado de santos, imagens e muito rococó em madeira.
Para terminar quero só registrar que sempre que vou ao Rio fico impressionada de como as pessoas lá são educadas e estão sempre com bom humor! Também, não é difícil morar num lugar tão lindo assim:
26.8.10
31.7.10
Divulgação: Carta Aberta - Sobre o direito ao aborto no Brasil
Você também é a favor de que mulheres continuem morrendo depois de interromper clandestinamente uma gravidez indesejada no Brasil?
Você também é a favor de que milhares de mulheres, todos os anos, continuem conferindo à curetagem na rede pública de Saúde o triste título de procedimento mais realizado pelo SUS? (com 3,1 milhões de internações no período de 1995 a 2007)
Será que também é a favor dos fetos jogados por aí? Das agulhas de tricô causando hemorragias e infecções gravíssimas, das perigosas receitas caseiras e venenos que tantas mulheres ainda consomem?
Consegue também ser a favor da indústria que faz prosperar as clínicas de aborto clandestino, que enriquecem a custa da vergonha, do drama e, muitas vezes, da morte de mulheres? Ou defende mesmo é a tentativa de criminalizar as mulheres que passam por tudo isso e pela mais completa marginalização ao interromper uma gravidez?
As organizações da sociedade civil que se dedicam à defesa dessas mulheres e do seu direito de escolha, no Estado democrático e laico brasileiro, vêm a público, de forma conjunta, repudiar a forma como o poder constituído; seja ele no âmbito Executivo, Legislativo ou Judiciário; políticos de diferentes legendas em campanha eleitoral; setores das igrejas cristãs, católicas e evangélicas; e, finalmente, parte da chamada grande mídia, vêm tratando a questão do aborto no Brasil.
A despeito de todo o desenvolvimento econômico que o País alicerça, dos inegáveis avanços nas áreas sociais e também na educação, e dos esforços na direção do amadurecimento do debate em torno dos mais espinhosos temas relacionados à desigualdade de direitos e à defesa das minorias, o Brasil persiste em manter procedimentos torturantes quando o assunto é aborto.
Adiar votações inadiáveis como a que se refere à autorização do aborto em casos de anencefalia; não incluir nas pautas prioritárias de votação no Congresso propostas favoráveis à vida das e à saúde das mulheres que permanecem com tramitação parada; não estabelecer políticas públicas eficazes e capazes de evitar mortes, e, principalmente, omitir-se do debate franco, aberto e profundo sobre o assunto com a sociedade, são procedimentos que causam inquietude em pleno terceiro milênio em uma sociedade civil organizada que tenta caminha rumo à evolução e à maturidade.
Ao submeter a questão do aborto ao calendário eleitoral e permitir que líderes religiosos dêem o tom do debate sobre a legalidade do aborto, ou ainda, sobre políticas públicas que devam ser implementadas para preservar a saúde das mulheres, autoridades no poder (ou em disputa pelo poder) mais do que fogem da responsabilidade para a qual foram eleitas (ou tentar ser eleitas) pelo voto. Lavam as mãos diante da realidade do País, aferida em sucessivas pesquisas e retratada de maneira perversa, até mesmo em telenovela global em horário nobre. Jogam para debaixo do tapete a dramática estatística do aborto e todas as suas mazelas no País.
A pouco mais de dois meses das eleições gerais, por meio das quais serão escolhidos representantes de quase 200 milhões de brasileiros, temos duas mulheres, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), candidatas à sucessão presidencial. Elas concorrem ao cargo em igualdade de condições com um homem que é um ex-ministro da Saúde, José Serra (PSDB). Nenhum deles é considerado um candidato ou candidata de ideias retrógradas, de direita, ou atrasado. Todos os três representam siglas que, distantes do poder, atuaram ativamente na defesa dos direitos humanos, das minorias e das questões de gênero. Contudo, nenhum dos três ousa enfrentar o tema aborto quando confrontado, diante de um microfone ou gravador, sem tentar sair pela tangente ou negar seu próprio passado favorável ao atendimento humanitário e digno das mulheres que precisaram recorrer a um aborto.
Diante disso, e dos muitos estudos que referem a ilegalidade do aborto no Brasil como sendo uma forma ineficaz de diminuir suas dramáticas estatísticas, além de punir e tornar mais vulneráveis milhões de brasileiras, a sociedade brasileira exige seguir em frente na construção do debate e de uma plataforma de ações que realmente modifique a situação do direito ao aborto e dos direitos reprodutivos no Brasil.
Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro
Católicas pelo Direito de Decidir
CFemea
Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR)
Grupo Curumim
Ipas
Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Sexuais Reprodutivos União de Mulheres Brasileiras
Quem somos: Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro é uma articulação de organizações composta por grupos e redes em nível nacional e regional. Também tem em seu âmbito integração com organizações latino-americanas. Somos mulheres e homens de diferentes raças, etnias, gerações e condições econômicas e estamos presente em 18 estados e no Distrito Federal. A Jornadas nasceu em 2004 e, atualmente, reúne 67 organizações entre movimentos, fóruns, ONGs, redes e grupos de pesquisa.
Você também é a favor de que milhares de mulheres, todos os anos, continuem conferindo à curetagem na rede pública de Saúde o triste título de procedimento mais realizado pelo SUS? (com 3,1 milhões de internações no período de 1995 a 2007)
Será que também é a favor dos fetos jogados por aí? Das agulhas de tricô causando hemorragias e infecções gravíssimas, das perigosas receitas caseiras e venenos que tantas mulheres ainda consomem?
Consegue também ser a favor da indústria que faz prosperar as clínicas de aborto clandestino, que enriquecem a custa da vergonha, do drama e, muitas vezes, da morte de mulheres? Ou defende mesmo é a tentativa de criminalizar as mulheres que passam por tudo isso e pela mais completa marginalização ao interromper uma gravidez?
As organizações da sociedade civil que se dedicam à defesa dessas mulheres e do seu direito de escolha, no Estado democrático e laico brasileiro, vêm a público, de forma conjunta, repudiar a forma como o poder constituído; seja ele no âmbito Executivo, Legislativo ou Judiciário; políticos de diferentes legendas em campanha eleitoral; setores das igrejas cristãs, católicas e evangélicas; e, finalmente, parte da chamada grande mídia, vêm tratando a questão do aborto no Brasil.
A despeito de todo o desenvolvimento econômico que o País alicerça, dos inegáveis avanços nas áreas sociais e também na educação, e dos esforços na direção do amadurecimento do debate em torno dos mais espinhosos temas relacionados à desigualdade de direitos e à defesa das minorias, o Brasil persiste em manter procedimentos torturantes quando o assunto é aborto.
Adiar votações inadiáveis como a que se refere à autorização do aborto em casos de anencefalia; não incluir nas pautas prioritárias de votação no Congresso propostas favoráveis à vida das e à saúde das mulheres que permanecem com tramitação parada; não estabelecer políticas públicas eficazes e capazes de evitar mortes, e, principalmente, omitir-se do debate franco, aberto e profundo sobre o assunto com a sociedade, são procedimentos que causam inquietude em pleno terceiro milênio em uma sociedade civil organizada que tenta caminha rumo à evolução e à maturidade.
Ao submeter a questão do aborto ao calendário eleitoral e permitir que líderes religiosos dêem o tom do debate sobre a legalidade do aborto, ou ainda, sobre políticas públicas que devam ser implementadas para preservar a saúde das mulheres, autoridades no poder (ou em disputa pelo poder) mais do que fogem da responsabilidade para a qual foram eleitas (ou tentar ser eleitas) pelo voto. Lavam as mãos diante da realidade do País, aferida em sucessivas pesquisas e retratada de maneira perversa, até mesmo em telenovela global em horário nobre. Jogam para debaixo do tapete a dramática estatística do aborto e todas as suas mazelas no País.
A pouco mais de dois meses das eleições gerais, por meio das quais serão escolhidos representantes de quase 200 milhões de brasileiros, temos duas mulheres, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), candidatas à sucessão presidencial. Elas concorrem ao cargo em igualdade de condições com um homem que é um ex-ministro da Saúde, José Serra (PSDB). Nenhum deles é considerado um candidato ou candidata de ideias retrógradas, de direita, ou atrasado. Todos os três representam siglas que, distantes do poder, atuaram ativamente na defesa dos direitos humanos, das minorias e das questões de gênero. Contudo, nenhum dos três ousa enfrentar o tema aborto quando confrontado, diante de um microfone ou gravador, sem tentar sair pela tangente ou negar seu próprio passado favorável ao atendimento humanitário e digno das mulheres que precisaram recorrer a um aborto.
Diante disso, e dos muitos estudos que referem a ilegalidade do aborto no Brasil como sendo uma forma ineficaz de diminuir suas dramáticas estatísticas, além de punir e tornar mais vulneráveis milhões de brasileiras, a sociedade brasileira exige seguir em frente na construção do debate e de uma plataforma de ações que realmente modifique a situação do direito ao aborto e dos direitos reprodutivos no Brasil.
Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro
Católicas pelo Direito de Decidir
CFemea
Comissão de Cidadania e Reprodução (CCR)
Grupo Curumim
Ipas
Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Sexuais Reprodutivos União de Mulheres Brasileiras
Quem somos: Jornadas pelo Direito ao Aborto Legal e Seguro é uma articulação de organizações composta por grupos e redes em nível nacional e regional. Também tem em seu âmbito integração com organizações latino-americanas. Somos mulheres e homens de diferentes raças, etnias, gerações e condições econômicas e estamos presente em 18 estados e no Distrito Federal. A Jornadas nasceu em 2004 e, atualmente, reúne 67 organizações entre movimentos, fóruns, ONGs, redes e grupos de pesquisa.
27.7.10
Feng Shui: As escolas
Desde que surgiu há milhares de anos na China, o Feng Shui foi transmitido através de seus mestres a discípulos e aprendizes interessados na técnica. Como é comum nesta forma de transmissão, surgiram algumas diferenças entre a forma de aplicação de cada mestre, conforme sua época e região. Atualmente, há três grandes escolas conhecidas mundialmente. O princípio é o mesmo, mas elas diferem nos instrumentos e técnicas de harmonização.
Tudo começou com a Escola da Forma, que se baseia nos cinco elementos naturais - água, madeira, fogo, terra e metal e na sua relação com as formas - sinuosa, retângulo, triângulo, quadrado e círculo/esfera. Tais elementos e formas surgiram da observação da natureza, seus ciclos, cores e vida. Por isso, para a Escola da Forma, o ambiente em volta da casa é de extrema importância na aplicação da técnica.
No entanto, foi a Escola da Bússola que se tornou mais difundida na China, orientando as construções de prédios e casas em Hong Kong e Taiwan. Sua aplicação é extremamente complexa e um consultor leva anos de estudo para dominar todos os instrumentos, principalmente o Lo Pan (outro nome pelo qual a escola é conhecida). O Lo Pan é a bússola oriental, composta de vários anéis repletos de caracteres que determinam 64 campos de informações. Além do Lo Pan, a Escola da Bússola utiliza a simbologia dos cinco animais como símbolos de proteção e o bá-guá da sequência do céu anterior, onde os trigramas (linhas) que representam cada elemento estão posicionados de dentro para fora, representando o momento único anterior a criação do universo.
Exatamente por sua complexidade, a Escola da Bússola não encontrou tantos seguidores no ocidente e aqui, a Escola mais difundida foi a do Chapéu Negro, divulgada pelo mestre Lin Yun que aliou as técnicas do feng shui das escolas tradicionais chinesas aos conhecimentos do Budismo Tibetano, à cultura e aos costumes ocidentais.
A escola do Chapéu Negro também usa o bá-guá como instrumento de harmonização, mas na sequência do céu posterior. Nesta forma os trigramas estão invertidos em relação ao bá-guá da sequência do céu anterior, voltados para o centro, devemos lê-los de fora para dentro. Este bá-guá representa a época atual, posterior a criação e voltada ao externo, onde precisamos retornar ao interior para buscar equilíbrio.
Há ainda muitos outros instrumentos, técnicas e filosofias que o Feng Shui utiliza para harmonizar os ambientes, espero logo mostrar mais para vocês.
A escola do Chapéu Negro também usa o bá-guá como instrumento de harmonização, mas na sequência do céu posterior. Nesta forma os trigramas estão invertidos em relação ao bá-guá da sequência do céu anterior, voltados para o centro, devemos lê-los de fora para dentro. Este bá-guá representa a época atual, posterior a criação e voltada ao externo, onde precisamos retornar ao interior para buscar equilíbrio.
Há ainda muitos outros instrumentos, técnicas e filosofias que o Feng Shui utiliza para harmonizar os ambientes, espero logo mostrar mais para vocês.
12.7.10
super_rock 13
Reencontrar um amigo é reencontrar a si mesmo. Hoje eu reencontrei um amigo. Eu vi ele falar de coisas que eu já nem lembrava mais. Vi ele ter a certeza de que eu viajaria 7h sozinha, com pouca grana, para estar presente no seu casamento, por que , como ele disse "ela é doida, é ponta firme, se disse que vem é porque vem" e eu vim. Vim ao meu encontro.
Meu amigo se casou hoje. Eu presenciei tudo de muito perto como se fosse da família, me lembrou muito o casamento do meu primo, porque me senti uma prima de tão bem acolhida por todos de sua família. Mas família só acolhe bem alguém desconhecido por um motivo, boas referencias, então sei que ele falou bem de mim.
Hoje meu amigo casou e parece que o presente foi meu. Fui eu quem fui acolhida e conheci pessoas maravilhosas. Fui eu quem bebeu tequila até descer do salto. Fui eu quem me reencontrei nas palavras dele.
Conheci meu amigo no dia da matrícula, mas não o vi na primeiro ano de faculdade. Reencontrei-o no dia em que ele fez sua mudança para a minha casa. Moramos na São Luís 15 (nome da nossa república, na verdade o endereço que virou nome) por um ano. Mudamos para as kits, não juntos, mas juntos. Vizinhos. Depois de mais dois anos ele se formou e eu fiquei. Depois ele precisava de uma casa para dormir quando vinha ao mestrado e eu estava lá. Um dia ele foi embora apaixonado, tudo bem, eu continuaria lá.
Passaram-se 6 ou 7 anos e ele me ligou: "venha ao meu casamento".E eu vim. Vim porque ele é meu amigo e amizade é isso: fidelidade. Não importa o que aconteceu ou quanto tempo passou, importa apenas o sentimento e o desejo de felicidade do outro. E amizade sempre retribui, sempre reconhece. Ele agradeceu, ficou emocionado. E eu vi uma Micaela esquecida e guardada que tanto me fazia falta, a doida ponta firme que bebe cerveja e tequila sem cair. Amizade é isso: fidelidade. Não importa o que aconteceu ou quanto tempo passou, importa apenas o sentimento de felicidade do outro, importa apenas que seu amigo é sempre capaz de te lembrar quem você é. E aí, tudo fica bem.
22.6.10
A casa de Saramago
Sexta-feira meu coração ficou triste ao saber da morte de José Saramago. Meu coração e minha mente, porque o alimento intelectual que ele me deu foi essencial para minha formação. Eu precisava fazer uma homenagem, era um dever.
Comecei a procurar alucinadamente fotos da casa de Saramago na ilha espanhola Lanzarote. Assim poderia aliar minha homenagem ao blog. Mas não achei nada além desta foto. Esta é a casa de Don José Saramago, como era tratado na ilha.
Mas cada site que abria achava uma nova entrevista, novas informações, milhares de homenagens. Cada site que abria eu descobria mais e mais sobre este escritor simplesmente incrível. Descobri por exemplo que as única oliveiras que existem na ilha foi ele quem trouxe de Portugal e era ao lado delas que gostava de se sentar para ver o mar.
Esta busca me fez lembrar do segundo livro que li dele "O conto da ilha desconhecida" (1998). Se o primeiro eu li em uma semana, este foi em uma hora. Por que livro bom não dá pra largar. Foi lá que fui buscar uma boa frase para me despedir de Saramago: "...O homem nem sonha que, não tendo ainda sequer começado a recrutar os tripulantes, já leva atrás de si a futura encarregada das baldeações e outros asseios, também é deste modo que o destino costuma comportar-se connosco, já está mesmo atrás de nós, já estendeu a mão para tocar-nos o ombro, e nós ainda vamos murmurar, Acabou-se, não há mais que ver, é tudo igual."
20.6.10
11.6.10
Mas o que é Feng Shui?
Venho falando há alguns posts do meu trabalho com Feng Shui, mas percebi que nunca fiz um post falando sobre o Feng Shui. Todo mundo já ouviu falar do assunto, tem gente que acha super interessante, gente que não liga e até quem detesta, como tudo. Mas em geral as pessoas dizem algo como um amigo me disse outro dia no msn "É um negócio de cores né?" Então acho melhor explicar o que é esse negócio de cores.
A tradução exata de Feng Shui é vento e água. Trata-se de uma técnica milenar chinesa, baseada no Taoísmo. Para esta filosofia ao nosso redor existe uma energia cósmica em constante fluxo, desde o momento da criação do mundo. Esta energia, que os taoístas denominam Chi, está em relação constante com nosso corpo, nossos pensamentos e sentimentos.
Aplicar o Feng Shui num lugar significa ativar o Chi conforme as áreas da nossa vida, de forma a nos auxiliar nas mesmas. É como a acumpuntura da casa. Colocamos o instrumento de harmonização sobre a planta da casa e identificamos cada área pessoal, ativando-as para que o Chi flua de maneira positiva em nossas vidas.
Este instrumento de harmonização é o Ba-guá, composto por oito áreas ou aspirações mais o centro que é representado pelo Yin-yang. A filosofia do yin-yang é essencial para o entendimento do Feng Shui. O Chi não vai deixar de entrar na sua casa se você não aplicar a técnica, nem a aplicação impedirá a energia negativa de entrar, mas a proposta é trazer o equilíbrio. Com as energias equilibradas em todas as áreas de sua vida o resultado será aquele que você deseja.
Este é o ba-guá, com os trigramas (linhas que indicam o elemento de cada área) e sua correspondência em nossas vidas. O ba-guá nesta posição é usado na Escola do Chapéu Negro, mas isso já é um outro post.
29.5.10
25.5.10
Consultoria residencial em Indaiatuba/SP
Essa é a casa em Indaiatuba/SP para qual estou fazendo consultoria. A Rose, amiga e cliente, fez tudo sozinha e de repente se perdeu. Foi aí que me chamou para orientar onde tinha dúvidas e direcionar o que estava faltando.
Discutimos alguns detalhes de acabamento, como a escolha de pisos e revestimentos dos banhos e o acabamento da escada. Aliás a escada é um dos pontos de atração do projeto, de autoria do Paulo Sérgio, amigo, cliente e parceiro.
Ela queria muito usar papel de parede em algum detalhe, mas tinha dúvida de quais paredes ficariam interessantes. Elegemos o lavabo e também o teto acima da escada. Como nessa parte o pé direito é duplo, não dará a sensação de teto baixo. Também não ficará escuro, pois a parede atrás da escada é toda de vidro. Do alto ainda descerá um lustre de cristais maravilhoso!
Acabei pegando também o projeto de gesso com consultoria na iluminação. Ela gosta de linhas retas e contemporâneas para o gesso, mas não sabia como explicar o que queria ao gesseiro.
O projeto e a consultoria não estão concluídos, com mais informações e fotos eu volto a mostrá-los aqui pra vocês.
14.5.10
30 Rock: sobre liberdade
Então certezas e verdades têm outra cor. Chegar aos trinta traz, aos poucos, esta sensação. Os radicalismos passam a ficar pequenos, desnecessários e finalmente dá pra sentir que a cabeça realmente abriu. Talvez daqui pra frente seja sempre assim, novas cores a cada dia. A coerência se mantém apenas porque se descobre que ser e fazer realmente o que pensa e acredita é liberdade. Eu nunca me senti tão livre quanto agora. Aquela liberdade e plenitude que buscava há tanto tempo, agora existe em apenas um lugar: dentro de mim.
Outro dia estava indo trabalhar, ouvindo Câmera Obscura (a do momento), sentindo sol e vento enquanto andava pelas mesmas ruas de sempre do meu vilarejo (lugar que tanto me oprime) e me senti livre. Não aconteceu nada: meu trabalho é o mesmo de sempre, não conheci nenhum carinha que fizesse minhas pernas tremerem, não fui pra nenhuma super balada, não comprei nada nem fechei nenhum super contrato. Estava só fazendo o mesmo de todo dia, com as coisas boas e ruíns da minha rotina e, mesmo assim, sabia que minha cabeça e meu coração estão livres.
Pode ser extremamente pessoal. Com certeza as pessoas sabem disso o tempo todo, em qualquer idade. No entanto saber racionalmente não é necessariamente ser assim. Saber eu sempre soube. Mas agora eu sinto isso e sentir é extremamente prazeroso. É encorajador. Pronto, tudo bem se der merda, eu vou continuar aqui.
Não é mais uma questão de esperança, é de percepção. Antes eu tinha esperança de conseguir determinada realização, agora eu percebo de diferentes formas as realizações e as frustrações. Mais ou menos assim: feliz por que consegui, triste porque me fudi, só isso, tudo vai passar.
Pelo que me conheço é capaz que isso dure só até o próximo fora. Mas também é possível que no próximo fora eu já saiba que é assim mesmo, porque a tristeza existe o tempo todo e a alegria também.
Nunca estive tão sozinha como nos últimos tempos. Está me faltando um monte de coisas: dinheiro, perspectivas de melhora, amigos longe (até em Londres né!?), carinho, intimidade, homem, sexo e rock. Faz tempo que não pego um rock de verdade. Mas eu estou bem! Eu estou bem e tomara que seja assim para todas as mulheres de 30.
9.5.10
O ano das mudanças
2010 está mesmo sendo incrível. O ano nem chegou na metade e já aconteceram milhares de coisas pra mim e pra quem está próximo. Um ano intenso.
As mais novas mudanças que quero dividir aqui são relacionadas ao meu trabalho como designer. Eu amo design, adoro projetar e decorar os ambientes. Escuto o cliente falando o que sonha e precisa para sua casa e já imagino o lugar perfeito pra ele. Mas nestes 3 anos foi possível perceber algo importantíssimo: eu não gosto da parte de execução de projeto e adorei trabalhar com consultoria e feng shui.
Então, já que começo de carreira serve para definirmos os rumos, aqui está a mudança: não pretendo mais pegar projetos de decoração e design de ambientes, vou redefinir minha carreira para as consultorias, me especializando em feng shui.
Nem é realmente uma redefinição. Já trabalho com consultoria e feng shui desde que estava fazendo o curso de design e a maioria dos clientes que atendi nestes 3 anos, foram mesmo nesta área. Fiz 3 projetos completos: o consultório de psicologia, a residência no Condomínio Jardim Fontanário e o projeto no Parque da Represa que ainda está em andamento. Já consultorias e feng shui eu perdi a conta.
Entre erros e acertos dos primeiros trabalhos é que fui percebendo o que gosto e o que não gosto. É lógico que trabalho é trabalho e nem sempre será agradável, mas o que busco não se afina com o dia a dia que execução de projeto exige. Aquela loucura toda atrás de fornecedor, mão de obra, cliente e pepinos diários me estressa e deprime.
Tudo isso está de acordo com a mudança prometida para o blog no início do ano. As consultorias e o trabalho com feng shui são o primeiro passo para um objetivo maior que ainda precisará de uns 2 anos de investimento. Enquanto isso o blog não muda muito, porque aqui exponho meus trabalhos e referências.
Caso vocês, leitores, amigos, parceiros e clientes, precisem de designers de interiores para projeto completo eu tenho duas amigas do SENAC que são excelentes para indicar, falem comigo. Mas se for só aquela dúvida infernal sobre que cor usar na parede e como combinar isso com o sofá de listrinhas, pode me chamar - sou perfeita para te ajudar. Melhor ainda se decidirmos fazer o mapa do feng shui e combinar sua decoração com a ativação das áreas da sua casa - você redecora a casa e ainda equilibra as energias!
8.5.10
17.4.10
Ainda atualizando o tempo perdido
Como dito antes, tenho muito o que contar do tempo que fiquei sumida. Hoje vou falar da minha viagem de carnaval. Como eu não ligo pra carnaval (há apenas três carnavais que quero conferir - escolas de samba do Rio, bonecos e frevo em Olinda e os bailes de máscara em Veneza, só!), aproveitei para visitar uma amiga em Brasília. Foi uma tranquila e revigorante viagem de carnaval.
Não nos víamos há anos. Quando se mudou para Brasília ela me mandou algumas fotos de seu apartamento pedindo umas dicas de decoração. Na época eu estava terminando o curso do SENAC. Uma das coisas que ela queria era colocar quadros com fotos ou ilustrações de NY, onde morou alguns anos e lugar pelo qual é completamente apaixonada. Dei a ideia de usar imagens iguais mas em duas tonalidades diferentes e fortes, combinando com o sofá. Minha amiga Giane é super sofisticada e urbana, sabia que algo assim a agradaria.
Ela então começou a travar uma verdadeira caçada atrás de algo que gostasse e seguisse minha dica. Só foi achá-los em New York mesmo, numa feirinha de artes alternativa que conhece por lá, na sua última viagem de férias. Os quadros são de um artista local, dão a impressão de serem iguais, mas na verdade são uma sequência. Quando cheguei, eles estavam me esperando para enfim ocuparem seu lugar na casa. O lugar eleito foi na parede atrás do sofá, fizemos todas as medições e pronto! Desejo de cliente e amiga realizado!
E como viagem de designer é automaticamente uma busca de referências, aqui, as mais interessantes. Vocês não vão ver fotos dos pontos mais conhecidos da capital federal, pois como era a quarta vez que visitava a cidade, não me preocupei com o que já conheço. Registrei só o que ainda não tinha visto. Este é um edifício com um design impressionante, na parte militar, que eu fiz o favor de não anotar o nome...
No último dia fomos almoçar no Mangai. Nunca vi tanta comida num só lugar! Fica até difícil escolher. A casa oferece pratos nordestinos e por isso sua decoração é num estilo rústico que remete a região. Algumas coisas impressionam, como o tamanho destes pendentes de palha.
Lindos não?! Abaixo, apesar de a excelente fotógrafa ter tremido, dá pra ver o pendente do primeiro salão, feito de espigas de milho. Mesmo material usado na cortina que divide os salões e que, com algum esforço, dá pra ver no fundo da foto.
3.4.10
Temporada de shows 2010
O ano está bomabando de shows pra todo lado, mas pretendo abrir a minha temporada com o Câmera Obscura. Conheci a banda por indicação de um amigo e foi paixão a primeira nota. Por sorte ainda comecei com French Navy, aclamada por muitos como umas das melhores de 2009.
Em outro momento, um amigo indicou o Pitchfork, um site incrível que fez uma lista com as 500 músicas dos anos 2000 e lá estavam outras da banda. É um som muito fácil de gostar, dançante, indie pop e afinadinho. Quem sabe este será o meu primeiro momento super_rock do ano? Aposto que sim!
Meu mais novo projeto
Como prometido, mais um post no blog contando o que tenho feito no tempo que sumi. Este é o projeto de uma residência no Parque da Represa, bairro de chácaras aqui de Paulínia. Foi muito legal fazer este projeto pelos desafios. A casa é compacta e tudo tinha que ser muito bem pensado para caber sem superlotar os ambientes. A cliente pediu que fosse um estilo que remetesse a chácara, com elementos naturais, mas com um toque de contemporaneidade. Ela tem uma filha de 17 anos com um gosto bem original, absurdamente urbano e contemporâneo. Além disso, o orçamento também é compacto, tanto que alguns móveis e aparelhos da casa antiga vão acompanhá-las ao menos nos primeiros anos.
Então, além de criar algo baseado nos desejos de estética e bem-estar das moradoras, eu precisa encaixar isso no que elas vão manter da casa antiga. Foi o caso da sala de estar, onde o sofá, a estante e a TV não vão ser trocadas.
Gostei muito de pegar o projeto na planta, pois até a posição e tamanho das janelas e portas foi pensado conforme a decoração. Para isso trabalhei em parceria com o engenheiro responsável, Paulo Sérgio Alves Souza, e foi uma parceria tão boa que acabou me rendendo uma consultoria na casa que ele está construindo para si em Indaiatuba. O Paulo é engenheiro civil e eletricista, trabalha mais na área industrial, mas às vezes pega projetos residenciais e comerciais. Quem estiver precisando, eu recomendo.
Neste ele se encarregou só da parte civil, a elétrica ficou a cargo de outro engenheiro com quem tenho parceria, Gilberto Hissashi. A vantagem desta parceria é que eu determino onde quero os pontos de luz, tomadas e energia e ele planeja para o menor uso de material possível, além de todos os cáculos necessários para eficiência energética do projeto.
A casa está na fase de execução hidráulica e assim que tiver mais detalhes, fotos e desenhos eu os posto aqui.
1.4.10
eu preciso de mais tempo
Estou em débito com vocês, eu sei. Desde janeiro sem nem um oi no blog, que horrível! Então resolvi aproveitar este feriado lindo e vazio (porque enfim eu não tenho o que fazer) pra atualizar tudo por aqui. Preparem-se! Tem muita coisa.
Pra começar vou me explicar: surgiram muitos trabalhos (eeeee), no meu outro trampo eu estou cumprindo horário dobrado ($$$), fiquei doente duas vezes e quando melhorei foi a vez da Nany, que está aqui in memoriam... é, ela não resistiu.
Tudo isso mais o dia a dia de sempre me fez passar dois meses pensando: "nossa eu preciso atualizar o blog".
As mudanças que quero fazer ficaram no meio do caminho, infelizmente vai precisar de um investimento maior do que eu imaginava e posso fazer agora. Mas é um objetivo e uma hora vocês vão ver isso acontecendo.
Até lá, que o design volte a encher este espaço!
15.3.10
pequenas máximas II
Descobri que saber dez coisas na vida é suficiente. Mentira, apenas resolvi redirecionar e ampliar a ideia desta sessão. Por vezes me ocorrem frases que sintetizam, sem explicar muito, o que estou vivendo e decidi compartilhá-las aqui. Como quando decidi mudar de área e não trabalhar mais com educação: "Eu não caibo na escola.".
No começo deste ano decidi procurar emprego em São Paulo, já que recebi uma proposta para morar lá. Foi só os primeiros currículos serem enviados pra eu fechar 3 consultorias aqui, além de outros orçamentos e parcerias que surgiram do nada. Foi aí que eu descobri: "Paulínia tem tentáculos."
É essa a ideia.
26.2.10
17.2.10
16.1.10
Ano novo, blog novo
8.1.10
O diário de mistress Joan Martyn
"... E o meu cérebro, que a princípio, ligeiro e alegre, pulava que nem uma criança brincando, sossegou a tempo de dar-se a um trabalho sério, não obstante seu contentamento. Pois foi nas coisas sérias da vida que eu pensei - tais como a velhice, a pobreza, as doenças e a morte, considerando que seria parte inevitável do meu destino encontrá-las; e considerando também as alegrias e as dores que se encadeavam sem trégua pela minha vida. Tudo que fosse de somenos não iria mais me alegrar nem incomodar como outrora. Apesar de isso fazer eu me sentir circunspecta, senti também já ter chegado a um momento em que tais sentimentos são sinceros...
Entretanto sou incapaz de dizer o que é que eu quero, apesar de ansiar pelo que espero de alguma forma secreta. Pois muitas vezes, e com frequência cada vez maior, à medida que o tempo passa, dou comigo de repente a interromper minha andança, como se eu fosse paralisada por um olhar estranho e novo sobre a superfície da terra que conheço tão bem. Um olhar que insinua alguma coisa; mas que se vai antes de eu perceber seu sentido. É como se um riso nunca visto furtivamente se estendesse num rosto bem conhecido; por um lado dá medo, no entanto por outro ele nos faz um sinal." (Virgínia Woolf - Contos completos).
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