Design de objetos: conjunto de escritório Mizi

Estes são o porta lápis e a lixeira do jogo de escritório "Mizi". Fiz sob encomenda, a cliente queria algo neutro e fazia questão dos kanjis. Como o escritório dela é todo em marfim e branco, escolhi o marrom e o dourado para completar a paleta de cores. O marrom foi aprovado de cara, mas ela ficou muito desconfiada do dourado. Arrisquei perder a peça e fiz, pois tinha certeza do resultado. O dourado complementa estas cores sem grandes contrastes, mas seu brilho tira a monotonia do tom sobre tom. Além disso, é muito empregado na cultura japonesa. Ao ver o resultado a cliente se surpreendeu e adorou.

Aqui o porta lápis cumprindo sua função já na mesa do escritório. A parte interna foi betumada, os kanjis são em massa alto-relevo.

Grandes paixões: Wassily Kandinsky

A primeira vez que ouvi falar de Kandinsky e vi um quadro seu foi num filme. Do filme mesmo não me lembro nada além de que havia uma personagem que gostava de Kandisnky, tinha uma pintura muito famosa dele e tem todo um rolo em torno dela e do quadro. Mas o quadro eu nunca esqueci, nem o nome do pintor.

Fiquei impressionada por ser algo tão diferente de tudo que estava acostumada a ver e corri procurar mais obras pra ver se seguiam a mesma linha ou se aquele do filme era um caso isolado. Na época eu nem sonhava em trabalhar com design, era só por gosto estético mesmo. Acabei achando o quadro do filme, este aqui, Tranverse line, de 1923.

Depois fui procurando e descobrindo mais sobre Kandinsky. Pintor russo nascido em Moscou, considerado o introdutor do abstraccionismo nas artes visuais. Participou, foi professor e fundou vários grupos, sociedades e escolas de arte, iniciando seus estudos e produções em 1892. Morou na Alemanha, na Suiça e na França, declara influência na sua obra da música clássica e da Teosofia. Mas o que mais me atrai é o período em que fez parte da Bauhaus onde lecionou até 1933. Adoro quase tudo que vem da Bauhaus, super vanguardistas me servem de inspiração.

Anos depois, já no curso de design, descobrir mais sobre a Bauhaus e Kandinsky foi um prazer dobrado. Outra obra que gosto: Black and Violet.

30 Rock: tem coisas que não mudam

Apesar de os 30 anos trazer uma revolução biológica, cultural, sexual e psicológica à nossas vidas, tem coisas que nunca mudam.

Estou há algumas semanas morrendo de vontade de dançar até estragar o corpo e me lembro que sempre fiz isso, desde que comecei a descobrir o que é sair com os amigos. Tem quem só saia pra catar. Tenho meus dias de catadora também, sempre tive. Mas os dias de me estragar são muito mais fortes e recorrentes.

Lembro que quando algo me impedia de sair (grana ou castigo), eu ligava o som e dançava sozinha que nem louca, em frente o espelho, até cair de sono. Continuo fazendo isso. A única diferença é que quando adolescente achava que eu era única que fazia isso, logo eu devia ter problemas. Hoje sei que todo mundo faz ou já fez isso um dia, logo sou até normal demais.

O bom de lembrar disso é a possibilidade de manter vivo o espírito. Como dizia uma amiga "Vou ouvir Ramones até com 70 anos, pra me manter adolescente". Então, agora, vou aumentar o som!

Cenografia de eventos: Festa de aniversário da Gabi

Este ano minha sobrinha me pediu uma festa que tivesse tudo em roxo e lilás. Ela sempre escolhe um tema do personagem do momento, mas dessa vez disse não ter nenhuma outra ideia. Eu adorei, pois gosto mais de festas com temas mais livres do que personagens pops. Minha irmã já avisou logo: Não exagera que eu não vou gastar muito. Mães e clientes sempre dizem isso rs.

Então procurei encher tudo com as cores que ela escolheu de um jeito que ficasse feminino e alegre como a Gabi é. Foram laços, fitas e doces para tudo ficar do agrado dela, que acompanhou cada passo: quis fazer as compras junto, dava opiniões e ideias, ajudou na hora da montagem e sempre dizia se gostou do resultado. Ela tem tanto jeito pra coisa que logo poderei trazê-la pra trabalhar comigo, daqui uns anos (ela acabou de fazer 9! rsrs).

O bolo só veio pra mesa na hora do parabéns porque estava calor e ele era gelado. Então preenchemos os espaços com docinhos que depois foram re-arrumados para dar lugar ao bolo.

As tacinhas com confete iam ficar inicialmente numa mesa para as crianças ao lado da cama elástica, mas a chuva diminuiu nosso espaço e elas foram para a mesa principal também. Havia ainda duas mesas de salgados, decoradas com as mesmas fitas e laços. Minha sobrinha e minha irmã adoraram o resultado, receberam vários elogios e depois me transmitiram todos.

texto 8

eu só sei mudar.

despedida

Eu deixo você ir
Pelos beijos que faziam minhas pernas tremerem
Eu deixo você ir
Por todas as traições
Eu deixo você ir
Por todas as músicas que cantou pra mim
Eu deixo você ir
Por todas as ausências
Eu deixo você ir
Pelas belas viagens
Eu deixo você ir
Pela mania de me criticar
Eu deixo você ir
Pelos telefonemas no fim do dia
Eu deixo você ir
Pelas promessas e planos desfeitos
Eu deixo você ir
Pelas crises de risada sem motivo
Eu deixo você ir
Pelos jogos de futebol
Eu deixo você ir
Pela má vontade com as coisas que eu gosto
Eu deixo você ir
Por ter me feito uma pessoa mais feliz
Eu deixo você ir
Por ter me deixado tão triste
Eu deixo você ir
Porque tudo já foi longe demais
Eu deixo você ir
Porque sou eu quem agora precisa partir

Projeto residencial: Casa do Gilberto e da Tatiane

Mais fotinhos pra vocês da casa no Condomínio Jardim Fontanário, aqui em Paulínia. Esta é a frente. Neste dia eles estavam cobrindo a garagem e esta semana começa a colocação de pisos e revestimentos. Agora sim, com cara de casa de verdade.

E aqui uma fotinho do fundo.

Viagem de designer

Designer quando viaja pode parecer um tanto estranho. Não é privilégio meu, saímos tirando fotos de tudo, porque tudo vira referência. Quem tem vergonha é melhor nem viajar junto ou paga mico mesmo. Minha viagem para Ilhéus não foi diferente. Aqui uma seleção pra vocês das melhores referências.

1. Igreja de São Sebastião

2. Casa de Jorge Amado:

O pai de Jorge Amado construiu o palacete com dinheiro que ele ganhou na loteria. Enfim eu quase conheci alguém que ganhou na loteria. E ele não economizou nem um pouco, fez questão de que o palacete fosse um dos mais bonitos de Ilhéus.

Aqui os azulejos que fazem o acabamento da pintura no corredor de entrada, as imagens são em auto relevo e foram trazidos da Inglaterra.

O chão de uma das salas, todo em jacarandá.

O teto da sala de jantar.

Olha essa escada! Ela leva ao sótão e está fechada porque pode cair com peso. Mas também só crianças conseguem passar pela pequena abertura no teto.

3. Bataclan - antigo bordel da cidade que hoje virou bar e restaurante, com uma lojinha anexa (foto que eu já postei aqui):

A fachada é a original restaurada, mas as janelas de madeira estavam podres e foram trocadas pelo vidro.

Todas as paredes internas são feitas com estas pedras, que ao vivo parecem ouro. As vigas de madeira do teto também são originais.

30 Rock: 32 Rock

Cheguei aos 32 e como disse a um amigo, não dói mais que 31. Lembro que quando fiz 29 me desesperei com a ideia de que estava chegando aos 30. Fiquei tão encanada com isso que meses antes de fazer aniversário eu já dizia que tinha 30. Tanto que quando fiz 30 mesmo nem pesou, eu já tinha sentido este peso um ano inteiro antes. Mas aí veio o 31... e esse doeu. Não dá pra explicar, mas 31 fez parecer caso perdido. 32 então só veio, agora sei que será calmaria ao menos até os 39... Por isso preciso aproveitar muito cada aninho dos meus 30 anos.

Esta é outra ambiguidade dos 30: se estamos mais calmas por maturidade, também estamos mais ligadas em curtir muito cada momento porque sabemos que o tempo passa e não volta. Sabemos disso mais do que nunca. Percebemos isso na pele e no corpo que já demonstram mais que 20. Percebemos isso cada vez que olhamos pra trás e vemos quantas coisas já fizemos, quantos empregos, quantas pessoas já passaram. Rola uma total segurança de que é assim mesmo, o tempo passa, o tempo, as coisas, os momentos, as pessoas. Algo estranhamento triste e libertador.

Pra que eu não esqueça disso cheguei aos 32 em plena fase de transição: mudança de emprego. Não sei ainda pra onde vou, o que virá. Sei que começarei outra fase em breve e mais uma está ficando pra trás. Foi uma ótima fase por sinal e espero que a próxima seja melhor ainda. Depois eu conto pra vocês.