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8.4.12

O meu Lolla

Enquanto eu escrevo aqui, está rolando o show do Arctic Monkeys. A chuva resolveu cair no seu melhor estilo tempestade e atrapalhar meu programa de fim de domingo, levando o sinal da TV com ela. Tudo bem, escreverei. 
Lollapalooza para mim, mesmo vendo em casa, foi incrível. Nos quatro palcos as programações estavam muito boas. Nos quatro palcos eu teria assistido muita coisa. Mas o que me fez entrar em depressão por não ir foram dois, Joan Jett e Foo Figthers. A sensação foi a mesma de quando perdi Sonic Youth no Free Jazz e Rage Against the Machine no SWU 2010: "que merda de rocker és, Micaela?!". Sim, me senti uma merdinha. 
Não ter grana pra fazer várias coisas legais é uma bosta. Não ter grana pra fazer aquilo que mais se gosta na vida, é destruidor. Que pena, algo que só vou superar quando for a outro show. 
Em dois dias de festival o Lolla se caracterizou por trazer bandas que nem todo mundo conhece, mas que quem conhece estava esperando há muito para ver, além de alguns grandes nomes que agradariam vários grupos. 
Sábado pra mim começou com Marcelo Nova que me surpreendeu - apresentou seu rock que todo mundo conhece, mas a postura rock que só alguns ainda mantém, aquele pegada quebradeira, contestadora, que o rock arrumadinho se esqueceu. 


Ah e o baixista da banda dele era gato! 


Depois foi a vez de Cage the Elephant mostrar a que veio e mostrou bonito. A empolgação e performance do vocalista foi contagiante. Mas deu pra ver que eles estavam sofrendo muito com o calor. O baterista passou mal e o show acabou duas músicas antes. Não conhecia tudo que a banda tocou, mas gostei de tudo o que ouvi. O show correu sem causar aquela sensação de "ah tá bom, agora pode acabar". 


O Rappa é O Rappa e todo mundo sabe qual é. Show bom, músicas boas, animação, combinou com o sol. Sem mais delongas. Depois veio a banda que só eu gostei - Band of Horses - musiquinha calma, pra assistir sentado. Não tem muito a cara de festival, mas eu curti. 


Próxima banda foi o TV on the radio que é um som para poucos. Conhecia algumas, mas não tem como não sentir a qualidade dos caras. O show mostrou mais ainda a competência e já deixou todo mundo no clima. 


Então o rock começou! Joan Jett surgiu diretamente dos anos 70 com a mesma cara! Todo mundo comentou que o rock a manteve jovem. A voz também era a mesma, o jeito de tocar que todas as rockers depois dela imitaram. As dancinhas, tudo. Muito, muito emocionante ver Joan no palco. Eu nem sei qual é a cara da banda, desculpem-me The Blackhearts, mas fiquei grudada na Joan. 


Perdi as contas de quantas vezes me arrepiei. Pulei e gritei todas as músicas sozinha na sala de casa e me xingando internamente por não estar lá. Joan é o mais puro rock. Se você gosta de rock e não conhece Joan Jett, você nem sabe do que gosta. 


Já estava neste nível de histeria quando começou o Foo Figthers. Dessa vez além de pular, cantar, gritar e twittar, eu chorei. Com Best of You então, minha música mantra, chorei alto. Como eu não estava lá!? Como!? Foi lindo. O show foi incrível. A banda é incrível. O Dave é um dos homens mais cobiçados pela minha pessoa. Só uma coisa define tudo isso junto acontecendo: wow. 


Para meu delírio ainda teve Joan no palco com os caras, arrasando! 


Segundo dia de Lolla era dia de almoço em família. Por sorte, minha irmã gosta de Gogol Bordello e topou assistir. Um dos melhores shows do festival. Melhor ainda ver o público lotando o palco e cantando todas as músicas. Ficou mais que provado que Gogol devia ter tocado entre as estrelas do final. 


Poderia ter sido por exemplo no lugar de MGMT que foi enfadonho, lento e não acabava nunca. Na sequência veio Foster the People que é dançantinho e gostoso de ouvir. Terminaram com Pumped of Kicks, incendiando a galera. 


Quando Jane`s Addiction foi anunciado eu já sabia que ia ler um monte de críticas. Conheço 3 pessoas que gostam de Jane`s, incluindo eu. A maioria nem sabe que os caras estão na estrada desde 1985, nem que são considerados os precursores da cena underground, nem que quando se separaram criaram o Porno for Pyros, e integraram o Polar Bear e o Red Hot Chili Peppers. Achei que não tocariam a música mais famosa, aquela que todo mundo gosta e nem sabe que é da banda, mas foi uma delícia ouvir Jane Says mais uma vez. 


Então acabou o Lolla pra mim. Ficou a certeza de que o rock é meu combustível e vale a pena uma dividazinha para viver um momento assim. 

7 comentários:

  1. ^^ eu adoro a sua empolgação, por tudo, e por todas as coisas que você gosta em sua vida Mica ! Eu não manjo nada de rock, seja antigo, seja novo kk. E pra mim, não incomodou de forma alguma seus muitos comentários via Tweetdeck :D

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    1. ownnn Tony que delícia ler isso! Muito obrigada! <3

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  2. Mica esse Dave eu tiro a saia, a pele, o couro cabeludo por ele...mEu qto mais eu olho, mais acho ele tudo de bom.Ok, devia estar muitoo bom, mas vou deixar um bj e me liga para esse lindooo!

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    1. Ah Sun ele é demais né!? Também fico assim...

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  3. Não conheço a maioria dos artistas do Lolla, mas aqui vc pode comparar as suas impressões com as do crítico da Folha...

    http://andrebarcinski.blogfolha.uol.com.br/2012/04/08/o-lollapalooza-do-sofa-de-casa/

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  4. Li concordo com algumas coisas, dispenso algumas críticas raivosas que não dizem nada, mas no geral, me lembra o que toda a grande imprensa falou do festival. Já desconfio da grande imprensa, ainda mais quando concordam entre si.

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  5. aaaaaaaah! conseguiu dar um oi pro Dave afinal, han? :P

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