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19.5.08

Projeto-estudo: Apartamento familiar



Este estudo foi realizado para o término do segundo módulo do curso. Novamente um apartamento para uma família - pai, mãe, uma filha de 05 anos e um filho de 10 anos. A partir dele decidi usar estes estudos para me forçar a fazer coisas diferentes e testar outras que não usaria. Assim, mudei a sala de jantar com a de estar e ampliei o banheiro das crianças eliminando o lavabo. A idéia principal era tornar o ambiente agradável para a família que gosta de ficar em casa e receber amigos, assim como dar praticidade ao dia-a-dia, levando em conta que os pais trabalham o dia inteiro e as crianças brincam muito dentro de casa.



Aqui pode se observar a paginação de pisos feita. Abusei dos pisos para atender as idéias de conforto e praticidade. Porcelanato na cozinha, lavanderia e banheiro dos filhos, cimento queimado nas salas, solarium nas sacadas, porcelanato nos dormitórios e pastilhas na suíte do casal. Todos em tons similares para harmonizar as texturas e formas diferenciadas.

A perspectiva da sala de jantar mostra o estilo rústico e suave usado em todo o projeto. As cadeiras são indianas da Til, com futtons em tom de vinho igual ao dos tozettos do piso. Há um espelho para ampliar o ambiente e muita claridade entrando pela porta e janela que dão para sacada. A troca das salas deu um grande ganho ao projeto, trazendo mais conforto na sala de estar/TV e mais espaço para receber na sala de jantar.

14.5.08

Divulgação: CARTA ABERTA AO CONGRESSO NACIONAL

Há mais de 20 anos, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) sustenta a defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, incluso o direito de decidir pela interrupção voluntária da gravidez, no Brasil.
Portanto, nesse momento em que a 2a. Vara do Tribunal do Júri do Mato Grosso do Sul coloca 9.922 mulheres no banco dos réus, acusadas de praticar abortos, vimos a público manifestar nosso repúdio ao que consideramos uma escalada inquisitória sem precedentes em nossa história contemporânea.
Os números falam por si. As 9.922 mulheres que estão ameaçadas de ir para a cadeia representam cerca de 40% da população feminina em cumprimento de pena, em todo o território nacional. Nessa escala, não se trata mais de uma simples persecução penal, infelizmente amparada pela legislação brasileira, mas de uma ação política. Nem são as 9.922 mato-grossenses o alvo dessa ação, mas o gênero. Ou acaso serão alvo de ações judiciais os milhares de homens co-responsáveis por esses supostos abortos? Nesse processo, quem estará no banco dos réus, será a mulher brasileira.
As práticas sociais legitimam o ordenamento jurídico de um país, não o contrário. Até dois anos atrás o adultério ainda era considerado crime pelo Código Penal brasileiro, de 1940. Diga-se, de passagem, que nunca se ouviu falar de um homem, condenado judicialmente por adultério, mas muitos assassinatos de mulheres ficaram impunes com base na "defesa da honra".
Várias décadas antes desse anacronismo ser retirado de nosso ordenamento jurídico, a mudança nos perfis das uniões conjugais era tal que os operadores do Direito deixaram de levar em conta a criminalização do adultério. A vida em sociedade retirou a vigência daquele estatuto, muitos anos antes de sua formalização institucional e legal.
Não é diferente o espantoso caso das 9.922 mulheres de Mato Grosso do Sul. Pesquisa entre magistrados brasileiros revela que metade dos entrevistados justificou a prática do aborto quando vivenciou uma gravidez indesejada. Outro estudo, entre obstetras e ginecologistas, demonstrou a mesma inclinação: quando a gravidez indesejada é vivenciada de perto, torna-se justificada.
Pesquisas de opinião aferem, com freqüência, que a maioria da população, em nosso país, é contrária à mudança da legislação referente ao aborto. Ressalvado o maniqueísmo da indagação - contra ou a favor - que induz os resultados, é preciso apontar para outra aferição, indispensável: a sociedade brasileira apóia a prisão de mulheres que, em contextos múltiplos, sócio-econômicos, psicológicos, afetivos, realizaram abortos?
Na vida social real não há brasileira ou brasileiro que não conheça, direta ou indiretamente, quem já tenha passado pelo drama de fazer um aborto. Certamente, não predomina no Brasil, a fúria fundamentalista protagonizada por algumas autoridades de Mato Grosso do Sul.
O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher manifesta inteira solidariedade às 9.922 mulheres mato-grossenses e reivindica a realização de audiência pública no Congresso Nacional para debater providências que façam cessar a insanidade em curso naquela unidade da Federação.

CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA MULHER

9.5.08

Projeto-estudo: Ateliê da Estilista



Este projeto foi um dos que mais gostei de fazer no curso. O ateliê de uma jovem estilista que quer ampliar seus negócios, com um perfil contemporâneo e que gosta de vidro e tons neutros. O diferencial do projeto são os painéis e divisórias de vidro que possibilitaram manter os espaços amplos e ainda trazer o estilo contemporâneo e ousado das criações da estilista para o local onde cria e atende suas clientes. As linhas curvas imprimem feminilidade ao projeto. Entrando e seguindo a ordem, vocês verão a recepção, um café que também faz as vezes de sala de espera, a área de corte e criação, do lado esquerdo um lavabo, no fundo, da esquerda pra direita, ficam o escritório administrativo, o depósito e a sala de prova.


Esta é a perspectiva da recepção em que se vê as letras da estilista (Luísa Haiddar) em aço pintado com tinta automotiva. Tudo em preto e branco para trazer um ar cosmopolita. É lógico que isso foi criticado pelas avaliadoras. Dias depois vi uma entrevista do Hercowitch declarando que o preto e o branco são as tendências em 2008...




Esta é a ampliação do escritório administrativo. As portas do armário são revestidas de espelho e as prateleiras são moduláveis para caber os catálogos de moda e tecidos que nem sempre seguem os tamanhos padrões de livros. Abaixo, um corte que mostra o armário de estoque e modelos prontos, a mesa de corte, a prancheta de desenho e o café, vistos da área de criação.